[ATUALIZAÇÃO] Corona Vírus: Orientações para Anestesiologistas

[ATUALIZAÇÃO] Corona Vírus: Orientações para Anestesiologistas

[ATUALIZAÇÃO]

Até o momento (26/02/2020) há mais de 81.000 casos confirmados e cerca de 2.770 mortes. A maioria na China (todas as províncias incluindo Hong Kong, Macau e Taiwan), e casos confirmados nos seguintes países: Alemanha, Argelia, Australia, Austria, Bairen, Bélgica, Camboja, Canada, Coréia do Sul, Croácia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Índia, Irã, Iraque, Israel, Itália, Japão, Kuwait, Líbano, Malasia, Nepal, Omã, Reino Unido, Rússia, Suécia, Singapura, Suíça, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã. No Brasil foi confirmado o primeiro caso em 26/02/2020, o primeiro na América Latina, em São Paulo tratando-se de um paciente de 61 anos que viajou para a Itália no começo de fevereiro e apresentou sintomas respiratórios (tosse seca e coriza) além de febre.

Coronavírus é uma família de vírus que podem provocar infecções respiratórias. Após alguns casos registrados na China no final do ano passado, um novo tipo de Coronavírus foi identificado: o nCoV2019.

Os primeiros casos surgiram na cidade de Wuhan, uma metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes, onde foram notados vários quadros de pneumonia e após notificação por parte de autoridades chinesas, foi emitido o primeiro alerta pela OMS (Organização Mundial de Saúde) no dia 31 de dezembro de 2019.

Os pacientes foram então isolados e iniciaram-se exames para identificar a causa da doença. No dia 9 de janeiro a OMS confirmou tratar-se de um novo tipo de Coronavírus. No mesmo dia ocorreu a primeira vítima fatal, um chinês de 61 anos que foi internado com quadro de pneumonia grave. 

No dia 13 de janeiro a OMS informou que uma mulher na Tailândia estava infectada, a qual retornava da cidade de Wuhan. A partir desta data, foram relatados casos no Japão, Coréia do Sul e Taiwan. No dia 15 de janeiro uma viajante proveniente da China foi diagnosticada em Seattle, estado de Washington.

Conforme publicado no dia 05/02/2020, há mais de 24.500 casos confirmados e 492 mortes. A maioria na China (todas as províncias incluindo Hong Kong, Macau e Taiwan), ainda que há casos confirmados em outros 24 países: Japão, Malásia, Singapura, Coréia do Sul, Tailândia, Vietnã, Nepal, Camboja, Sri Lanka, Emirados Árabes, Índia, Filipinas, Rússia, Reino Unido, França, Alemanha, Finlândia, Suécia, Bélgica, Itália, Espanha, Austrália, Canadá e Estados Unidos. No Brasil houve alguns casos suspeitos, mas ainda nenhuma confirmação.

O que se sabe até o momento à respeito dos sintomas comuns:

  • Dor de cabeça e mal-estar
  • Tosse e dor de garganta
  • Coriza
  • Dor no corpo

Podendo haver complicações como:

  • Febre alta
  • Falta de ar (dispnéia)
  • Pneumonia
  • Sepse e até morte

Qualquer pessoa que apresente este quadro e esteve na China ou em contato com alguém que esteve na China é considerado suspeito. A transmissão do vírus ocorre entre humanos por via respiratória, pelo ar através de gotículas de saliva, espirro e tosse, ainda que possa ocorrer pelo contato pessoal como aperto de mãos e contato com superfícies contaminadas seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Por isso a importância da higienização das mãos, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar aglomerações e usar máscara facial, se possível.

Com relação a transmissão, pesquisadores ingleses estimaram que a taxa entre humanos é de duas a três pessoas para cada paciente infectado. Estes dados foram divulgados em 25 de janeiro a partir de modelos computacionais baseados em epidemias anteriores.

A doença pode ficar incubada por duas semanas e os registros revelam que ocorreram infecções em todas as faixas etárias, inclusive recém-nascidos. Ainda que idosos com comorbidades têm maior risco de complicações graves.

Por hora, replicamos as diretrizes provisórias publicadas em 29 de janeiro de 2020 pelo Departamento de Anestesiologia da Universidade de Toronto e traduzidas pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia a respeito da autoproteção ao se intubar um paciente com suspeita ou confirmação do novo Coronavírus, nCoV2019, facilitando o compartilhamento entre a equipe interprofissional:

Além da autoproteção é recomendado encaminhar casos suspeitos para hospitais de referência, cuja lista está disponível no site do Ministério da Saúde (MS) como forma notificável.

Ressaltamos também a importância de sistemas eletrônicos em casos como estes. Não só ajudam na notificação e análise de dados epidemiológicos, mas alertam e atualizam toda equipe interprofissional da saúde.

O Hospital americano onde foi atendido o primeiro caso de Coronavirus, faz parte de uma rede de 51 Hospitais em sete estados (Providence St. Joseph Health) em que mais de 1.000 médicos foram notificados sobre a possibilidade de apresentarem casos nestas instituições, segundo Amy Compton-Phillips, diretor clínico dessa rede hospitalar que explica que foram disparados alarmes por os prontuários eletrônicos solicitando que a equipe questionasse aos potenciais pacientes se viajaram para a China ou se estiveram em contato com alguém que viajou.

Informações atualizadas sobre o número de suspeitos, confirmados e descartados no Brasil e no mundo podem ser checados na Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde (IVIS) do MS.

Referências:

LANGRETH, R; CORTEZ, M. Preparativos dos EUA para pandemia de coronavírus Alguns especialistas agora vêem como provável. 2020. Disponível em: https://www.bloomberg.com/news/articles/2020-02-05/coronavirus-update-governments-prepare-for-pandemic?.

Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Janeiro de 2020. Disponível em: https://www.sbahq.org.

Ministério da Saúde. Coronavírus e novo coronavírus: o que é, causas, sintomas, tratamento e prevenção. 2020. Disponível em: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus.

Ministério da Saúde. Plataforma IVIS. Notificação de casos pelo novo coronavírus (nCoV-2019). Janeiro de 2020. DIsponível em: http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/.

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